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Arquitetura humanizada muda forma de cuidado em hospitais da serra gaúcha

Por muito tempo, a impessoalidade e a frieza das relações fizeram parte das “regras de ouro do profissionalismo” dentro de um hospital. Hoje, quando alguém precisa dos serviços hospitalares, espera ser atendido com sensibilidade e empatia por todos os colaboradores, desde os recepcionistas até a equipe médica. Essa humanização também tem reflexo nos ambientes.

Mais do que funcionais, projetos arquitetônicos de hospitais, atualmente têm um propósito muito mais amplo, que inclui até mesmo o auxílio na recuperação dos pacientes e melhora da produtividade dos colaboradores. “Os ambientes passaram a ter um papel ativo na terapêutica dos pacientes. Locais mais abertos, com flexibilidade, boa iluminação, ventilação e muito verde passaram a ser bastante valorizados, sobretudo no contexto trazido pela pandemia”, descreve a especialista em arquitetura da saúde, Adriana Peccin.

A arquiteta, responsável pela revitalização de uma série de ambientes nos hospitais Tacchini, em Bento Gonçalves, e São Roque, em Carlos Barbosa, lembra que em um projeto hospitalar é preciso respeitar fluxos e ambientes que são obrigatórios para o corpo clínico e equipe administrativa, como sala para reuniões, espaço de descanso para a equipe, copa para refeições. “É um trabalho complexo, porque precisamos equilibrar os espaços para que acompanhem o avanço da tecnologia, mas que também desenvolvam condições de convívio mais humanas”.

Entre os espaços que passaram por um redesign, estão os Centros Obstétricos de ambas instituições, a recepção e o Instituto do Câncer do Hospital Tacchini. Uma das mudanças mais notórias está relacionada às cores das paredes. De acordo com ela, o uso do branco em hospitais está ficando cada vez mais obsoleto. “O tédio causado por ambiente monótono é uma reação do organismo a uma situação pobre de estímulos. Por isso, a criatividade na pintura está ganhando espaço até mesmo em áreas críticas”.

A decoração também é parte fundamental dessa revitalização. Nesse contexto, objetos ou pinturas relacionadas à música ganham espaço, de acordo com a profissional de arquitetura. Conforme Adriana, a música tem poder de trazer à tona memórias afetivas, aumentando o interesse das pessoas em interagir, estimulando a alegria, os sorrisos e a esperança.

A arquiteta ainda ressalta que todas as mudanças são balizadas em pesquisas. “As modificações tem um porquê. São baseadas em estudos sérios sobre a melhora da experiência de pacientes e colaboradores e tem resultados comprovados”, completa.

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