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Carros & Bebidas – Vinhos | por Charles Giovanella

Iniciou o Outono, nosso clima muda, nossas esperanças se renovam e junto a isso começamos a mexer nos guarda-roupas para iniciar o uso das peças mais pesadas. Essa estação abre as portas para novas paisagens e nos possibilita ver os mesmos locais com novas cores e prismas. Ela também nos faz lembrar do nosso bom e velho vinho, neste mês é dele que vamos falar e aqui peço licença a todos os estudiosos e conhecedores deste produto que é requintado, glamuroso e rústico ao mesmo tempo. Vamos descobrir com ele chegou até nossa cidade e região, qual foi a primeira variedade plantada, a classificação dos vinhos pela cor e também como harmonizar eles.

Em 1875 inicia a imigração italiana na Encosta Superior do Nordeste, originando as Colônias de Dona Isabel (hoje Bento Gonçalves), Conde D` Eu (hoje Garibaldi) e Nova Palmira (hoje Caxias do Sul).

A Colônia Dona Isabel (Bento Gonçalves), já era conhecida como Região da Cruzinha, devido a uma cruz rústica, cravada sobre a sepultura de um possível tropeiro ou traçador de lotes coloniais. Era época do escambo, da troca de mercadoria por mercadoria. A Colônia Dona Isabel sediava um pequeno comércio no qual os tropeiros faziam paradas para descanso.

O imigrante italiano recém chegado em 1875 ainda não tinha as mudas de videiras para iniciar o cultivo nas terras que foi desbravando, em substituição às florestas que foram derrubadas. Foi somente ao descer a serra para São Sebastião do Caí e Montenegro para levar seus produtos e buscar suprimentos que tomou contato com as videiras, da variedade Isabel, que os agricultores alemães cultivavam há algum tempo para seu próprio consumo.

O plantio dos pequenos vinhedos de cada família era feito em terreno já cultivado ou logo após o desmatamento. A fertilidade do solo virgem, a umidade e o sol quente do verão da serra, aliados ao vigor natural da videira Isabel, faziam as plantas crescerem admiravelmente, com longos galhos e enormes folhas robustas. 

A frutificação era abundante.  O entusiasmo era muito grande e, seguramente, a videira foi o bálsamo e o reencontro do imigrante com a sua terra de origem. Uma nova e promissora cultura se apresentava para manter a alegria e coragem e refazer as energias dos desbravadores da região.

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