Casa Segura para todas as etapas da melhor idade

Arquiteta Adriana Peccin, co-autora do livro “Casa Segura: sua independência na 3ª idade”. Imagem: Josiane Pozza

No aconchego do nosso lar, pensamos que estamos em um ambiente seguro, longe dos perigos da vida. Mas conforme os anos passam, pouco a pouco os ambientes até então funcionais e seguros, começam a apresentar alguns riscos para a integridade física. Dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) estimam que 40% dos idosos na faixa etária de 80 anos ou mais, sofrem quedas todos os anos.

“Conforme o avanço da idade, obstáculos podem aparecer pelo caminho, como desequilíbrio, alterações na visão, na força e resistência física. Esse é um processo progressivo e geralmente difícil de ser aceito durante o envelhecimento, o que pode levar ao atraso em fazer mudanças na estrutura do lar, a fim de trazer mais segurança”, conta Adriana Peccin, arquiteta especializada na área da saúde.

Adriana, que trabalha fortemente com projetos hospitalares e casa de repouso, recebeu diversos pedidos de atendimento durante e após a pandemia, para reformas residenciais focadas na segurança da pessoa idosa. Sem conseguir contemplar todos os pedidos, a arquiteta ficou com a pulga atrás da orelha, sabia que em algum momento iria transformar aquela ideia em algo maior, que pudesse contemplar mais pessoas.

Assim, em 2024, surgiu o projeto “Casa Segura: Promovendo o Envelhecimento Digno e Autônomo na Terceira Idade”, livro prático idealizado por Adriana e apoio de diversos outros profissionais de áreas da saúde que buscam atingir cada vez mais pessoas com dicas simples, que não exigem grandes reformas, mas mudam completamente a qualidade de vida da pessoa idosa.

“Meu objetivo é ajudar a reduzir a frequência de quedas entre a população idosa, pois sabemos que as lesões oriundas dessas ocasiões podem reduzir drasticamente a longevidade, podendo até ser fatais. As mudanças descritas no livro são extremamente práticas, desde texturas para pisos, tecidos e uso de tapetes, pontos e intensidade de iluminação, corrimão e barras de apoio, sempre detalhando alturas e materiais para simplificar a aplicação.  Não são alterações grandes, que exigem ajuda de arquitetos, quebrar parede, reformular cômodos, mas pequenas mudanças que amigos, filhos e netos podem fazer”, explica Adriana.

Mas a saúde deve ser tratada de maneira integrativa. Por isso, a arquiteta convidou a cirurgiã dentista Ana Paula Leite para falar sobre saúde e higiene bucal, a médica geriatra Bruna Cambrussi para comentar sobre boas práticas para um envelhecimento saudável, a nutricionista Raquel Milani Sandrin para trazer dicas sobre alimentação para terceira idade e a educadora física Renata Benvenuto para explica mais sobre a manutenção do corpo e da integridade física a partir dos 60 anos.

Segundo o censo IBGE de 2022, Bento Gonçalves tem em torno de 13.400 idosos, pela classificação a partir de 60 anos de idade. Pensando em atingir diretamente esse público, Adriana encontrou nos mais de 20 grupos de encontros de idosos do município, seja por bairros ou associações, uma forma de repassar as informações valiosas do livro de maneira dinâmica, por meio de palestras rápidas e gratuitas para essa população, com em torno de 40 minutos, bate-papo animado, coquetel e sorteios.

Na dedicatória do livro, Adriana menciona a avó, dona Ignês Pertile, presença que honra em cada novo projeto realizado, memória sempre viva em seu coração pelo acolhimento e inspiração. É por ela que a arquiteta utiliza da sua expertise para mudar a vida de cada vez mais pessoas, oferecendo meios a se tornarem mais independentes e seguros, a fim de estarem conosco por muitos e muitos anos mais.

 Inclusive, além dos benefícios claros que o conteúdo do livro oferece ao leitor, outro ponto importante de ser lembrado e que um dos propulsores para esse desenvolvimento, é que, no momento em que o idoso cai ou se machuca em função dessa falta de apoio dentro e ao redor de casa, ele precisa ir para o hospital, muitas vezes ficar internado, realizar outros procedimentos, o que gera um custo financeiro mais alto do que prezar pela segurança do próprio lar com poucas intervenções (que muitas vezes nem custam dinheiro, como retirar tapetes deslizantes e obstáculos do chão, por exemplo).  

“Então as sugestões reunidas no livro servem como uma prevenção da saúde física, primordialmente, e dos gastos significativos que poderiam ser evitados e redirecionados para impulsionar a economia, afinal, ele terá mais qualidade de vida para fazer suas atividades, ir ao mercado, frequentar o comércio, turistar, cuidar da saúde por meio de consultas e exames, ou seja, todas as esferas ganham”, finaliza Adriana.

Informações sobre palestras, lançamento e distribuição do livro, além de maneiras de colaborar com a sua execução, podem ser acompanhadas pelo perfil de Adriana no Instagram, @adrianapeccin.arqhospitalar.

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