CIC-BG encaminha pleitos a Vicente Bogo

Candidato ao governo gaúcho visitou a entidade nesta segunda-feira

Em mais um encontro com postulantes ao governo gaúcho, o Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves recebeu o candidato Vicente Bogo (PSB), dando sequência à proposta de ser um espaço de debate e construção de ideias para o futuro do Estado. “O debate é fundamental para a construção de ideias e a apresentação de caminhos que estimulem o progresso. Precisamos de um Estado que aumente a arrecadação sem impor mais tributos aos setores produtivos e à sociedade”, disse a presidente do CIC-BG, Marijane Paese. O encontro ocorreu na manhã de 19 de setembro.

Ex-vice-governador do Rio Grande do Sul na administração de Antonio Britto, entre 1995 e 1999, Bogo recebeu uma carta com as demandas do CIC-BG para potencializar o desenvolvimento regional e aumentar a competitividade do Estado e apresentou suas propostas de governo, caso seja eleito. “Precisamos de mais arrecadação Somos defensores da proposição de um debate construtivo, da explanação de ideais que tragam maior arrecadação ao Estado sem aumento de impostos”, disse a presidente da entidade, Marijane Paese.

Em sua fala, reforçou a importância do diálogo com os municípios e as entidades representativas, além da transparência nas ações e nos contratos do governo. Nesse sentido, quer rediscutir o regime de recuperação fiscal assinado pelo governo gaúcho. Segundo Bogo, apenas em precatórios o Estado deve R$ 15 bi à União, valores que precisam começar a ser pagos a partir do ano que vem e precisam ser quitados em nove anos. “Só com isso são cerca de R$ 1,7 bi por ano”, disse.

Bogo também falou sobre suas ideais para áreas essenciais do governo. Na saúde, falou que há oportunidades de melhorar o SUS para amenizar as filas para consultas de exames, com telemedicina e integração de prontuário eletrônico. “É preciso botar mais dinheiro, mas dá para organizar, voltar ao espírito da origem do SUS, que é fazer atenção primária de saúde com as equipes da família”, disse.

Quanto à segurança, disse que é preciso ter um projeto de ressocialização para que os presos voltem às ruas, trabalhem e produzam. “Tem que combater, sim, o crime organizado e a violência contra à vida e ao patrimônio, mas não quero ser um governador que vá prender mais 10 mil gaúchos e jogá-los dentro dos presídios, onde já não cabem mais ninguém. Cada preso custa quase R$ 3 mil por mês. Hoje, 70% do trabalho da Brigada Militar é retrabalho de prende e solta, não quero contratar mais 5 mil brigadianos para fazer retrabalho. Esse é um tema que precisa ser trabalhado com responsabilidade”, disse.

Na educação, o ex-vice-governador disse que é preciso tornar o ensino novamente aprazível. “O aluno tem que ir para escola para ter sua profissão, aprender tecnologia”, pontuou.

Depois da exposição, Bogo recebeu uma carta com reivindicações da entidade. O documento traz questões relacionadas ao setor produtivo, com destaque ao incentivo à inovação e à qualificação profissional, e expõe a necessidade de aumentar a competitividade do Estado através da extinção de produtos do sistema de substituição tributária. O texto ainda inclui questões como a melhoria de infraestrutura no interior e no aeródromo do município, reforça a importância de ações para o estímulo ao turismo e a projetos esportivos e culturais e pede um sistema educacional atento às demandas do mercado de trabalho, com a oferta de uma formação mais profissionalizante.

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