No CIC-BG, Seminário LIDE exalta interlocução entre setores público e privado

Encontro ocorreu em Bento Gonçalves, reunindo empresários e representantes dos três poderes

Em uma grande comunhão de ações de empresários e agentes políticos para melhorar o ambiente de negócios, o Seminário LIDE Bento Gonçalves, realizado na manhã de sábado (16), no Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG) do município, celebrou a interlocução entre os setores público e privado para pensar o Rio Grande do Sul da retomada. A programação reuniu representantes dos três poderes e de especialistas da área do turismo em dois painéis distintos, ambos com foco no estímulo à competitividade.

O presidente do LIDE RS – Grupo de Líderes Empresariais, Eduardo Fernandez, saudou as reformas estruturantes em curso no Estado e a continuidade de uma gestão pública eficiente, principalmente nos últimos dois governos, o que vem resultando em investimentos bilionários no Estado. “Esse crescimento não pode parar, o Rio Grande do Sul está voltando ao radar de grandes empresas do mundo. Está nas mãos da iniciativa privada e do setor público fazer com que o Estado volte a ser protagonista no cenário nacional”, destacou Fernandez, um dos promotores do encontro.

Coanfitrião do evento, o presidente do CIC-BG, Rogério Capoani, disse que não há como a recuperação socioeconômica existir sem a união dos setores púbico e privado. “Hoje é um momento para intercâmbio de ideias e visões, de aproximação dos campos privado e público, de estabelecer vínculos e planos”, comentou durante a recepção aos convidados. Prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira fez coro ao discurso de coletivismo como forma de enfrentamento das adversidades. “O momento é de união, de pessoas e de entidades, e de inovação. É momento de fazer o trabalho de casa, de fazer o simples com excelência”, disse.

Os três poderes

O entendimento unificado dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de que o Estado precisava de grandes reformas para recuperar o caixa e a capacidade de investimento foi determinante para colocar em prática propostas de concessões, privatizações e ajuste fiscal hoje em curso. O secretário-Chefe da Casa Civil, Artur Lemos Junior, lembrou que tudo teve início a partir de um consenso estratégico. “Nada disso seria possível sem a sintonia dos três poderes, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e dos órgãos de execução e controle”, observou. 

Assim como no Executivo, no Legislativo a gestão também está focada no aumento da competitividade. O presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza, destacou o tripé que baseia sua agenda para buscar esse objetivo: equilíbrio fiscal, modernização da máquina pública e rediscussão do tamanho do Estado. “O Estado não pode ter despesa acima de sua receita, esse é a mãe de todos os problemas. É preciso fazer mudanças estruturais”, disse.

O procurador-Geral de Justiça do Ministério Público, Marcelo Lemos Dornelles, falou sobre como o órgão se encaixa nesse processo. “O MP com projetos estratégicos, é muito mais do que questão criminal, é segurança pública; é mais do que infância, é educação. É proteção

social e sustentabilidade do meio ambiente. Ninguém faz desenvolvimento sem sustentabilidade”, opinou.

Turismo

No painel destinado ao turismo, setor no qual Bento Gonçalves é um dos polos indutores brasileiros e o terceiro destino no Estado, atrás apenas de Gramado e Canela, o titular da pasta do município, Rodrigo Parisotto, falou da importância de se investir em turismo. “O turismo não pode ser pensado como atividade secundária. Essa é a atividade que promove a nossa imagem de cidade, de Estado, de país”, destacou. O secretário estadual de Turismo, Ronaldo Santini, falou como a pandemia impactou na atividade e como ele tem procurado auxiliar para a retomada do setor. “Realmente, não dá para entender como tratamos o turismo como atividade acessória. Estamos atuando de modo para que possamos planejar o turismo do nosso Estado como de fato merece, como política de Estado e não política de governo”, disse.

Investimentos

Investidora da bolsa de valores e CEO da Atom, uma das maiores traders da América Latina, Carol Paiffer encerrou o ciclo de palestras promovendo a cultura do investimento. Segundo ela, enquanto 53% da população americana investe na bolsa de valores, no Brasil esse índice é de apenas 3%. “Nós temos um cultura do endividamento, você nem aprendeu a lidar com dinheiro e já ganhou um cartão de crédito e aprendeu a parcelar. O problema não é o endividamento, é a falta de investimento”, comentou.

Também conhecida por ser uma das juradas do “Shark Tank Brasil”, reality de empreendedorismo exibido pelo Sony Channel, no qual jovens empreendedores precisam negociar com renomados investidores, Carol disse que a cultura do endividamento precisa mudar. “A cultura do investimento beneficia muito nosso país, porque daí a economia cresce. Se eu ganho dinheiro e você ganha dinheiro, o que acontece? A gente gasta dinheiro e mantém a economia girando”, ensinou. “A cultura do endividamento trava a economia. A gente vive falando que estamos em crise, mas a crise não vem para o Brasil, ela mora aqui. E a gente não consegue sair dela porque não arruma a base, que é a educação financeira. Se não ensinar o brasileiro a ganhar dinheiro, não vamos mudar isso nunca. Não é só ensinar a economizar, tem que ensinar a ganhar mais, a empreender, a fazer a hora de trabalho dele valer mais”, disse.

Crédito das fotos: Exata Comunicação, Bárbara Salvatti

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