Dermatologista Andréa Severa repassa dicas e conteúdos sobre os tipos mais comuns da doença e as formas de detecção precoce.
O verão, com suas altas temperaturas, e a tradicional folga que vem com o recesso de fim de ano são um convite irrecusável para curtir uma praia, piscina ou quaisquer tipos de atividades externas. Nesse contexto de relaxamento, no entanto, uma prática não pode ganhar descanso: o cuidado com a saúde, especialmente no que diz respeito aos hábitos de prevenção ao câncer de pele.
O reforço dessa conscientização cresce em relevância na estação do calor, que costuma favorecer a maior exposição solar. Para que todos aproveitem esse período sem descuidar da saúde, a Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves compartilha importantes orientações e recomendações – trazidas pela médica dermatologista Andréa Severa, a convite da entidade.
“Precisamos nos proteger do sol. Temos que evitar exposição solar no horário de pico: das 10h às 16h. Também indico usar filtro solar antes de ir para o mar ou para a piscina, por exemplo, aplicando cerca de 30 minutos antes da atividade. Importante reaplicar o produto ao molhar a pele – usando sempre filtro solar de fator 30 ou mais”, orienta a especialista.
Uma opção interessante elencada por ela, especialmente para quem tem criança, são as roupas com filtro solar: alternativas práticas que dispensam o uso de filtro por baixo das vestes. “Há também a opção de utilizar fotoprotetores orais, que podem ser associados ao uso do fotoprotetor tópico. Eles ajudam a manter uma pele bonita no verão, contendo vitamina C e E, licopeno, luteína, betacaroteno e probióticos. É importante aproveitar a estação com saúde e bom-senso”, considera.
Entendendo os tipos de câncer e as formas de detecção precoce
Existem vários tipos de câncer de pele. O melanoma é o mais agressivo e preocupante. Por isso, a detecção precoce é essencial. “Temos que atentar aos sinais da pele, pois 60% dos casos são percebidos pelos pacientes que prestam atenção aos sintomas”, pontua a dermatologista.
Para tal, há uma regra que pode ajudar na detecção de um possível câncer de pele: é a regra A-B-C-D-E. Nela, a letra A representa a assimetria (caso uma pinta for irregular, com um lado muito diferente do outro); a letra B é de borda, que geralmente aparece recortada; já a C é de cor, quando as pintas aparecem com tonalidades diferentes; a letra D é de diâmetro, para quando uma mancha possui mais de meio centímetro de diâmetro; e, por fim, a letra E é de evolução (se a pinta cresce, arde, coça ou sangra com o passar do tempo). “Também é importante olhar o padrão das nossas pintas, se tem alguma que destoa da maioria”, alerta.
Estatísticas chancelam prevenção
O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. Devido a isso, a detecção precoce é de extrema importância. “Quando é possível remover um nevo displásico ou atípico ou um melanoma superficial a chance de cura beira 100%. Se for um melanoma um pouco mais espesso na pele, a taxa de mortalidade pode aumentar – daí a importância dos cuidados básicos”, indica Andréa. Acompanhe a Liga de Combate ao Câncer de Bento Gonçalves pelas redes sociais (facebook.com/ligaccbg e @ligaccbento no Instagram) para conferir os conteúdos informativos disponibilizados. Também entre em contato pelo telefone (54) 3451-4233 caso necessite de alguma orientação.
Para assistir, vídeos com a dermatologista Andréa Severa:
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