Ouve-se muito falar deste estilo, mas será que se sabe o que significa e quais suas origens? Mesmo em tempos contemporâneos de minimalismo e poucos elementos é possível que já nos deparamos e nos encantamos por algum detalhe ou objeto que representa este momento da época francesa.
Conta-se que os pobres camponeses ao se depararem com a riqueza dos luxuosos móveis franceses dos séculos XVI e XVII, sem condições financeiras de manter o luxo dos detalhes da realeza, copiaram estes modelos. Como estes móveis não possuíam acabamentos refinados os artesãos desenvolveram uma pintura (a base de cal) que disfarçava os defeitos das madeiras, criando assim um modelo diferenciado que se notabilizou na área rural.
Os ambientes são marcados por cores suaves em tons pastéis e a flor símbolo é a lavanda (já que na região da Provença, na França existem grandes plantações de lavanda). Apesar da predominância do branco, as cores amarelo, verde, azul e lilás (sempre em tons suaves) são utilizadas em contrastes com detalhes de ferro e madeira natural.
O mobiliário que mais se destaca na atualidade são os adornos como espelhos trabalhados, cadeiras em estilo Luiz XV com pinturas laqueadas, os aparadores e cômodas com linhas mais suaves remetendo com simplicidade as formas do estilo rebuscado. Na atualidade, a facilidade de trabalhar as esculturas – que eram manualmente elaboradas pelos artesãos – através dos centros de usinagem, possibilita releituras destes modelos utilizados séculos atrás.
Também móveis funcionais como cozinhas podem ser trabalhados neste estilo, apostando em molduras clássicas, puxadores retrô, detalhes em cortes a laser, sempre empregando as tecnologias contemporâneas que tanto facilitam o cotidiano doméstico.
A criatividade no uso do estilo (ou de alguns objetos que remetem a ele) pode trazer aos ambientes uma leveza e um ar de renovação, modificando a atmosfera muitas vezes pesada ou até minimalista em demasia dos espaços atuais.