Com exposições de arte em ruas, prédios e construções históricas, Flow cumpre papel importante em Caxias do Sul

Festival trouxe a possibilidade de conexão entre o artista, a obra, a cidade e as pessoas, com uso da tecnologia

Projeção do Flow na Estação Férrea de Caxias do Sul – Crédito: Regina Lain

Conhecer o local em que vivemos. Admirar e mudar o olhar para os pontos turísticos e culturais. Unir arte e tecnologia. Tudo isso foi visto na 1º edição do Flow – Festival de Linguagens em Arte e Tecnologia que ocorreu em Caxias do Sul neste mês de outubro. O projeto, da Cali Gestão Cultural e Comunicação, levou arte, luz e cor gratuitamente para pontos simbólicos da cidade e teve como intuito despertar um olhar para o patrimônio histórico e um olhar sensível para a cidade por meio da arte e economia criativa.

“Nós nos propusemos a desenvolver um projeto que colocasse as artes e a economia criativa em diálogo com a cidade, com as pessoas e com o turismo. O Flow trouxe a possibilidade de conexão entre as artes, o artista, a obra, a cidade e as pessoas. Inovamos na forma de apresentar a arte e a cidade”, afirma Caliandra Troian, idealizadora do Flow.

O Flow contou com um programa de residência artística, no qual 10 artistas do Rio Grande do Sul foram contemplados e puderam elaborar produções que foram projetadas pela cidade de Caxias do Sul entre os dias 13 e 17. Os residentes Aurora D’Arrigo (Caxias do Sul), Cristina Lisot(Caxias do Sul), Fernanda Rieta (Caxias do Sul), Kanauã Nharu (Porto Alegre), Lorena Bendati (Porto Alegre), Luana Terra (Canoas), Maurício Concatto (Caxias do Sul), Mariana Lemmertz Schwarzbold (Portão), Pamella Moreno (Caxias do Sul) e Vinícius Guerra (Caxias do Sul) e o bolsista do curso de Tecnólogo em Jogos Digitais Luis Claudio Scur (Caxias do Sul) participaram do programa de residência artística com a finalidade de estimular a criação artística associado à troca de experiências, linguagens, conhecimentos e realidades, buscando potencializar a cultura como um espaço de experimentação. 

Caxias do Sul, em um movimento de ocupação, tornou-se palco para que a arte chegasse ao maior número possível de pessoas. Ao longo dos 5 dias de evento, milhares de pessoas foram impactadas diretamente e indiretamente pela programação, seja participando ativamente ou apenas acompanhando as projeções de suas casas ou seus carros.

Um dos roteiros que chamou a atenção do público foi o Cidade Iluminada, que trouxe destaque para construções históricas como o Centro de Cultura Ordovás, Museu Municipal, Casa de Pedra, Estação Férrea, Arquivo Histórico Municipal e a MAESA. “Nós escolhemos esses espaços para o roteiro Cidade Iluminada para instigar as pessoas a contemplarem e conhecerem muito mais do que a arquitetura. Para que elas possam entrar e agendar uma visita e conhecer mais sobre a sua história”, afirma Caliandra. Para o público presente, o Flow trouxe um destaque que há tempos não havia em Caxias. “O festival foi uma novidade na cidade. Acompanhei as diversas ações e foi muito bacana perceber como a arte estava acessível em todo o lugar”, comenta Ademar Alexandrini, 59 anos, que participou da programação na quarta-feira e no sábado.

Para valorizar ainda mais a arte gaúcha, o Flow também contou com o roteiro Cidade Animada, que levou as produções dos artistas residentes a diversos pontos estratégicos como a Avenida Rubem Bento Alves no bairro Santa Catarina, a Rua Sinimbú no bairro Lourdes, a Rua Dr. Montaury esquina com Pinheiro Machado, a Avenida Júlio de Castilhos ao lado da Farmácia Central. Para quem passava por esses locais, encontrava imagens e animações em grande escala nas laterais de prédios residenciais.

Outro destaque foi a vida que diversas ruas ganharam com o projeto Suaveciclo, performance do Duo VJ Suave, composto por Ceci Soloaga e Ygor Marotta. O  triciclo iluminado e adaptado levou personagens animados no espaço aberto. As projeções iluminaram paredes, árvores, calçadas e todo espaço urbano, propondo a interatividade das animações com o público. O projeto chamou atenção principalmente das crianças, que acompanharam os personagens que voavam pelas ruas. 

Para as crianças e adultos, o destaque foi a primeira instalação em Realidade Virtual da cidade, com a Floresta Encantada. Mais de 200 pessoas puderam visitar virtualmente a floresta Amazônica e interagir com índios, animais e a própria natureza.

Flow foi um projeto inédito no estado do Rio Grande do Sul que levou a arte e cultura para diversos pontos da cidade de Caxias do Sul com o uso da tecnologia, uma forma de conquistar os olhares do maior número possível de pessoas. “O grande legado do Flow é o reconhecimento do poder das artes e da economia criativa também em despertar nas pessoas o encantamento e o orgulho da nossa cidade. Promover o turismo e ativar de alguma forma alguns espaços de Caxias do Sul. E claro, o principal, de que a inovação, a tecnologia, também podem estar a serviços das artes e da cultura” conclui a idealizadora Caliandra Troain.

Sobre o Flow
Idealizado pela produtora cultural Cali Troian, Flow é um festival que une arte e tecnologia e conecta as pessoas aos espaços urbanos. Flow une residência artística e experimentações através de vídeo mapping e projeções em grande escala em empenas e fachadas de prédios, instalação artística em VR, live cinema, show de luzes e projeções itinerantes.

Flow é um projeto de ativação urbana que transforma a cidade em uma grande galeria de arte. Durante sete dias as ruas e prédios de Caxias do Sul serão palco de show de luzes e uma grande plataforma de projeção audiovisual, gerando encantamento no público através de experiências imersivas e interativas. Um projeto de ativação urbana e de humanização da cidade.

O FLOW um projeto de Cali Gestão Cultural e Comunicação, financiado pela Secretaria do Estado da Cultura do RS, patrocínio de Sulgás, Magnani e Orquídea.

Mais fotos do Festival FLOW disponíveis neste link

Compartihe:

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
Pinterest
Join our newsletter and get 20% discount
Promotion nulla vitae elit libero a pharetra augue