InovaBento mostra como automação favorece os processos produtivos

Diretores da Dalca e De toni compartilharam conhecimento tecnológico

Ceo da Dalca Brasil, Bruno Dal Fré, apresentou case no InovaBento. Imagem: Exata Comunicação, Bárbara Salvatti

Apresentando os casos da Dalca Brasil, que desenvolve sistemas de automação industrial, e da De Toni Componentes, que se utiliza desse recurso para aumentar sua competitividade, o InovaBento mostrou, nesta terça-feira (14), como a tecnologia pode ser um importante meio para dissipar a cultura da inovação nos negócios. 

Primeiro a apresentar sua trajetória no centro de inovação do município, o CEO da Dalca, Bruno Dal Fré, mostrou um panorama da robótica no mundo. Enquanto o Brasil possui 14 robôs instalados para cada 10 mil trabalhadores, a média no mundo é de 126. “Essa não é a única, mas é uma maneira de medir a competitividade das indústrias. Quanto mais robôs tem, mais competitiva é. E sabemos que o investimento em nossas indústrias ainda é muito baixo”, analisou.

Quem aposta na automação, diz Dal Fré, colhe inúmeros benefícios, principalmente se houver planejamento. “Existem empresas com 10 funcionários em que a produção é automatizada, mostrando que as possibilidades e oportunidades são ilimitadas”, disse. Entre os ganhos de quem investe em robótica estão a mitigação da falta de mão de obra, a redução de custos, a padronização e o aumento da qualidade de produtos, o incremento da segurança, além do aumento de produção com a mesma estrutura e da adaptabilidade operacional do robô, entro outros. “O robo é flexível: se houver uma mudança de produto, é possível adapta-lo para uma nova aplicação”, destacou. 

Tudo isso se traduz em aumento da competitividade, trazendo, ainda, a aproximação com novas tecnologias para que sejam incorporadas ao dia a dia das empresas. “A automação é indústria 3.0, a 4.0 é a digitalização dos processos, com comunicação entre sistemas e análise de dados para a máquina fazer melhorias de processos e aumentar sua eficiência”, disse Dal Fré.

A De Toni já experimenta há alguns anos as vantagens da automatização em seu chão de fábrica e da atualização de seus processos produtivos. “Nosso produto praticamente não se alterou desde 1976”, disse o diretor da empresa, Deonir De Toni, mencionando a roldana, carro-chefe da empresa que produz acessórios para as indústrias de móveis, PVC, alumínio e drywall há mais de 45 anos.

Se no início a empresa conseguia produzir 100 roldanas por dia, hoje faz 3 mil nesse mesmo espaço de tempo. Uma das empresas que ajudaram a De Toni a alcançar mais produtividade foi a Dalca. Os investimentos em tecnologia oportunizaram a instalação de duas células robóticas, uma no setor de usinagem e outra no de injeção. Na usinagem, houve aceleração do abastecimento de uma das máquinas, enquanto a solução no setor de injeção melhorou a escalada na produção de rolamentos que precisavam receber uma capa plástica. Com isso, houve redução de 10% no custo operacional dos produtos e aumento de 30% na produção.

Além da tecnologia para inovar, De Toni reforçou como a inovação pode estar presente nas empresas de muitas formas. “Às vezes a gente acha que precisa mudar radicalmente para inovar. Pequenas mudanças dentro da empresa também podem se tornam uma inovação”, disse. De Toni também apresentou um estudo sobre como o uso da capacidade dinâmica, habilidade em identificar oportunidades e transformá-las constantemente, tem relação com o desempenho dos negócios. “A inovação, seja em produto, seja em processo, tem um impacto significativo na vantagem competitiva”. E deixou um conselho para que a inquietação faça parte da filosofia dos negócios: “Cuidado com a zona de conforto, achar que o processo está bom é meio complicado”.

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