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Na dúvida, NÃO!

Esse título tem dedicatória. Minha amiga e sócia, Daniela, sempre me falou esta frase. E ela é simples e prática como a vida deve ser. Obrigada amiga, tu me inspiras.

Na dúvida, não, vale para tudo na vida. Desde uma roupa que você não sabe se leva, mas acaba levando porque estava em promoção. Aquela decisão que está sendo pressionado por outra parte e acaba dizendo que sim, mas na verdade você não tinha certeza.

E aquelas situações em que você busca aprovação por todos os lados, no trabalho, na família, com os filhos, com o cônjuge? Para a pessoa que busca aprovação, o sim chega tão rápido, tão automático, que ela nem percebe se havia ou não dúvida naquela situação.

E isso tem relação com limites. Saber o seu limite. Esta pessoa ali de cima, que busca um certificado de aprovação, eu já fui. E posso falar por experiência própria, não há limites para a conquista deste certificado. Porém, há um preço: saúde e autoestima. Acumulamos tantos “sins” aos outros, que esquecemos de nós mesmos. Ali, tudo acumula. Nesse lugar, não sei se tenho dúvida ou não.

Quem falou que precisamos ter certeza? Quem falou que a certeza chega no tempo de outra pessoa? E quem falou que há certeza? Sei não de onde tiramos isso, mas certamente, em algum momento do nosso aprendizado de ser alguém e construir um caráter, foi nos colocado que precisamos ter certeza, de forma rápida e assertiva!!

Vocês têm noção do quanto estas três palavras juntas, certeza, rápida e assertiva, impactam na nossa vida? O ser humano é um animal RACIONAL e, nisso, há uma complexidade enorme. Entende-se por animal racional aquele que possui o dom da fala e da inteligência e que a sua vida é voltada para as suas necessidades e sobrevivência conforme o meio em que vive. Já complexo significa construção composta de numerosos elementos interligados ou que funcionam como um todo. Como que as pessoas conseguem ter certeza, de forma rápida e assertiva? Se você está buscando ter certeza para agir, já vou avisando, essa estratégia vai fracassar em algum momento. Tenho inúmeras histórias de situações em que eu tinha certeza que estava sendo assertiva e não rolou.

Agora, a questão é a dúvida. Diferentemente da certeza, quando você consegue agir correndo os riscos e assumindo as consequências, a dúvida é uma voz interna que fala baixinho: “Será?” Só que para ouvir essa voz, que é bem baixa, até porque aprendemos desde cedo que temos que acertar de primeira, precisamos silenciar o externo e ter o momento de ouvir o interno.

Ouvir o interno vai além de simplesmente escutar a dúvida no exato momento, até porque frequentemente ela chega depois. É conseguir segurar a ansiedade e falar: “eu vou pensar”. Olha que fácil… eu vou pensar! Quantos “eu vou pensar” teriam evitado inúmeras dores de cabeça, incômodos, distrações, etc. Quando você se dá o tempo de pensar, você irá sentir. E é ali que talvez chegue o “será?” Mas se no sentir vier o “e por que não?”, segure, avalie as consequências e depois se direcione para o SIM ou para o NÃO. Mas, na dúvida, não.

Atualmente, eu passo muito tempo no campo da dúvida. Isso vem até me incomodando um pouco, mas eu vou mergulhando e me perguntando: por que eu ainda não sei se quero ou não correr os riscos? Quais as consequências que mais me afetam? Qual situação eu não consigo enfrentar? Pois é, bem provável que seja por isso que eu fico nesse limbo por mais tempo que o necessário.

Enfim, a vida reside nas perguntas. Bem que eu poderia ter menos interrogações e mais exclamações. Fases.

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