Músico, compositor e escritor Thedy Corrêa palestrou para um auditório lotado em Bento Gonçalves em encontro promovido pela CDL Jovem
Ao aguçar o mindset do público bento-gonçalvense que o acompanhou na noite de quarta-feira, dia 11, Thedy Corrêa fez valer o tema de seu workshow ‘Soluções Criativas’ e propôs uma série de conexões e reflexões entre os gêneros musicais e o trabalho em equipe nos ambientes corporativos – todas, centradas na confiança. Promovido pela Câmara Jovem de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves, o encontro lotou a Casa das Artes e transformou o local em verdadeiro reduto de ideias propulsoras para melhorar o dia a dia de empresas – em especial, dos varejistas presentes.
Músico, escritor, compositor e produtor musical, Corrêa provocou uma disrupção em como colaboradores e líderes enxergam as equipes. “Quem trabalha com a emoção consegue lidar melhor com as situações”, pontuou ao introduzir os conceitos de QI (Quociente Intelectual) e QE (Quociente Emocional) – aconselhando o equilíbrio entre os lados racional e emotivo.
A partir disso, ele delineou uma perfeita conjunção comparativa que permitiu a criação de uma linha de raciocínio dual: a de que os ritmos e a composição de uma banda se equivalem aos perfis encontrados no meio corporativo. Utilizando-se da experiência de mais de três décadas como componente da banda de rock “Nenhum de Nós”, comparou quatro gêneros musicais aos estilos de equipes encontrados no mercado.
O primeiro deles foi a música erudita. Segundo Thedy, esse ritmo simboliza a harmonia, a rigidez. “Assim como em uma orquestra, as equipes são guiadas por partituras, ou seja, normas que mantém a plena funcionalidade”, indicou. Na sequência, provocou o público a identificar equipes parecidas com um grupo de samba. “Nesse caso, podemos pensar que seja algo sem regras, mas engana-se quem pensa assim: essa é uma característica de pessoas boas de ritmo, que entregam no prazo”, considera.
Em contrapartida, lembrou a importância de equipes que se assemelham ao rock. “Encontramos uma grande qualidade nesse gênero musical: a inovação, o poder de se misturar, mas mesmo assim manter uma marca registrada”, coloca. Por fim, Corrêa trouxe o exemplo da música folclórica que, de acordo com a lógica, traduz uma empresa que preza pela tradição e valoriza suas origens. Além disso, também apresentou uma interessante comparação entre os membros de cada equipe com músicos de uma banda – baterista, baixista, tecladista, guitarrista e vocal.
Confiança é a palavra-chave
Para Thedy Corrêa, tudo parte da confiança. “O atributo fundamental para o bom andamento da equipe é estar confiante, pois na hora em que se apresenta o resultado é preciso ter a segurança de que todos deram o devido suporte para a sua consolidação”, enfatiza.
Parte dela, inclusive, vem da atuação de um líder – e não de um chefe. “Temos que diferenciar líderes de chefes: o primeiro tem a coragem de dar um passo atrás e estar na mesma posição dos demais, já o outro quer estar sempre em evidência”, reforça. “Liderança não significa estar à frente, mas sim representar o conjunto”, acrescenta.
Inovação que se aplica ao varejo
Quando se fala de varejo, as decisões, com base nos conceitos apresentados pelo músico, são tomadas pelo lado emocional, ou seja, significa que é necessário trabalhar a capacidade de reinvenção e criatividade do profissional. “O importante nesse processo é que cada um encontre suas próprias formas de inovar”, explica. Dessa forma, a concretização de bons negócios vem como consequência. “É a emoção que determina a decisão da compra, por isso devemos trabalha-la a favor dos lojistas”, sintetiza.