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Para CIC-BG, retomada renova ânimo para enfrentar crise

A desaceleração econômica ocorrida em virtude da quarentena imposta pelos efeitos do coronavírus ainda será um obstáculo a ser superado, mas a retomada parcial das atividades econômicas em Bento Gonçalves renovou o ânimo para enfrentar a crise.

Estima-se que, ao menos, metade da força laboral das indústrias da cidade tenha entrado em operação desde a segunda-feira (6), quando o novo decreto do prefeito Guilherme Pasin entrou em vigor, autorizando o retorno. Junto com as indústrias, voltaram também diversas atividades ligadas aos serviços, entre elas a de construção civil. A exceção ficou por conta do comércio, que permanece fechado até o dia 15, seguindo as determinações decretadas pelo governador Eduardo Leite. “Infelizmente, precisamos seguir uma ordem de origem do Executivo, o que não significa que esmorecemos na pressão, com o apoio da Assembleia Legislativa e de diversas entidades do Estado, para que haja uma flexibilização desse decreto que impede o comércio de funcionar. Precisamos também desse setor atuando para que nos recuperemos com mais celeridade e tenhamos o menor impacto possível, estancando possíveis fechamento de estabelecimentos e de postos de trabalho”, diz o presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG), Rogério Capoani.

Mas, para uma cidade cujo contingente de trabalhadores está majoritariamente inserido na indústria (38%) e nos serviços (35%), esse retorno significa muito. “Quanto antes acontecesse essa volta, melhor seria para todos. É muito importante o retorno, ainda que parcial, porque movimenta toda uma cadeia”, avalia Capoani.

Em julho de 2019, o setor industrial de Bento Gonçalves, segundo a revista Panorama Socioeconômico, empregavam quase 17 mil trabalhadores em seus mais de 1,5 mil empreendimentos. Juntas, as empresas do segmento faturaram R$ 5,2 bilhões (2018) – ou quase 60% do total do município, de R$ 8,9 bilhões (2018). É dessa substancial participação na economia bento-gonçalvense que se ancora a esperança de dias melhores, levando-se em conta a capacidade de gerar riqueza. “Devido à sua grande relevância para a economia da cidade, quaisquer variações no setor industrial acarretam em efeitos no comércio e nos serviços, e isso tanto para empresas quanto para os consumidores”, diz Capoani.

Outras bases que sustentam o otimismo é a diversidade da produção econômica de Bento. Embora o setor moveleiro tenha grande representatividade no faturamento da indústria (34,3%), segmentos como o das bebidas (18,6%), o alimentício (13,8%), o de máquinas e equipamentos (8,6%), o de borrachas e plástico (7,7%) e o de produtos de metal (7,1%) ajudam a compor um cenário mais dinâmico para a economia local, que ainda conta com setores como celulose e papel, metalurgia e produtos minerais não-metálicos, entre outros. “Não depender exclusivamente de um tipo de indústria é muito importante em momentos de crise, é muito salutar Bento estar amparada pelo empreendedorismo de sua gente, que diversificou a matriz produtiva do município. Nestes momentos de crise, isso ajuda porque os impactos ficam mais dispersos, sem concentração em um único setor, o que enfraqueceria por demais a economia”, comenta Capoani.

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