No mês em que comemora 98 anos, o Parque Vicentina Aranha, gerido pela AFAC – Organização Social de Cultura, entrega o Pavilhão Marina Crespi restaurado para a população joseense, no dia 30 de abril, às 9h, entre outras atividades programadas.
Com obras iniciadas em 2017, realizadas com o apoio de frequentadores, do Instituto CCR, da CCR RioSP, da Somos Educação e do poder público, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, o espaço totalmente restaurado abrigará o Centro de Documentação Musical, sob a coordenação da musicista e musicóloga Dra. Raquel Aranha, em uma parceria entre a Sociedade de Cultura e Educação Musical (SOCEM) e o Parque Vicentina Aranha.
“Fomentar a cultura é uma premissa do Instituto CCR e da CCR RioSP. Desta forma, incentivamos o acesso da população às ações culturais e a inclusão social, além de estimularmos a mudança individual, social e econômica”, enfatiza Carla Fornasaro, diretora-presidente da CCR RioSP.
Homenageando em vida importantes expoentes da cultura do Vale do Paraíba, o pavilhão abrigará a Sala Maestro Cunha, que recebe o nome do saxofonista, clarinetista e maestro José Antônio Cunha, um dos fundadores do Clube do Choro Pixinguinha (CCP); a Sala de Música Jorge Israel, que recebe o nome do bandolinista conhecido por “Jorge do Bandolim”, entusiasta do estilo musical e parceiro do Maestro Cunha na fundação do Clube do Choro; e a Sala de Exposições Yolanda Borghoff, que recebe o nome da violinista, ex-presidente da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (1989-1990) e uma das fundadoras da SOCEM. O espaço também contará com a reinauguração da Sala de Leitura Reginaldo Poeta (em memória).
Inaugurado em 1924, o Pavilhão Marina Crespi era destinado a mulheres pensionistas, ou seja, que podiam pagar pelo tratamento. Casada com o Conde Rodolfo Crespi, importante industrial italiano radicado na cidade de São Paulo, a Condessa Marina Regoli Crespi ficou conhecida por atuar em atividades beneficentes e prestar auxílio financeiro a diversas instituições de caridade. Junto com a Sra. Vicentina Aranha, integrou a comissão que angariou recursos para o início da construção do Sanatório Vicentina Aranha.
“O objetivo do Centro de Documentação Musical é a salvaguarda do Patrimônio Musical de inúmeros artistas que passaram pela cidade, ou nela residiram, perpetuando a história musical de São José dos Campos”, destaca Raquel Aranha.
Sustentabilidade e Qualidade de Vida
Também no sábado (30), uma série de atividades do Programa Diálogos ODS do Parque Vicentina Aranha proporcionará debates sobre o tema “Desenvolvimento Sustentável”.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), consistem em uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada em setembro de 2015, e é composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030.
“É uma satisfação imensa fazer parte da gestão deste espaço tão significativo para a cidade de São José dos Campos e região. Neste mês, em que celebramos os 98 anos do Parque Vicentina Aranha, nossa programação trouxe, além de excelentes atrações para o público, pautas relevantes como a sustentabilidade, a solidariedade e a preservação do patrimônio material e imaterial, fortalecendo a relação afetiva da população com esse importante símbolo da cidade”, afirma Aldo Zonzini Filho, diretor-executivo da AFAC.