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Por que a conta da pandemia recai sempre sobre os mesmos penalizados

Por MarcosCarbone, presidente da CDL-BG

 

A pandemia da Covid-19 trouxe inúmerosquestionamentos – muitos deles para os quais ainda estamos procurandorespostas. São perguntas que vieram à tona nas mais diversas áreas, desde ascomportamentais, profissionais e técnicas. Quais os efeitos desse período dedistanciamento sobre a saúde emocional das pessoas? O trabalho no formatoremoto é melhor que o presencial? Como preparar o sistema público de saúde paralidar com uma situação de emergência?

Adiciono a esses mais uma questão: por quesão sempre os mesmos penalizados, que estão pagando a conta da pandemia? Um anoatrás, em março de 2020, os setores do comércio e prestação de serviço sofreramum golpe fortíssimo – foram obrigados a fechar as portas de seusestabelecimentos em uma tentativa de coibir o avanço do coronavírus. Empresasdeixaram de faturar por longos períodos, profissionais perderam suas fontes derenda. Houve fechamento de estabelecimentos e supressão de postos de emprego.Outros setores também foram impactados com medidas restritivas, é verdade – masnenhum deles na mesma proporção que os segmentos do comércio e serviços.

Aos bravos que venceram essa situação,coube o desafio de readequar sua atuação aos protocolos de segurança determinadospelas autoridades competentes e, também, as restrições impostas pelo GovernoEstadual. O comércio mudou sua forma de trabalhar, as lojas investiram emmedidas protetivas, criaram novas rotinas para seus colaboradores e clientes –sempre na corda bamba de um planejamento temerário, consequência de uma gestãoinstável por parte dos poderes públicos.

Um ano depois, retornamos praticamente aomesmo cenário de restrições e impedimentos ao trabalho no comércio e prestaçãode serviços. E sugere, então, outra pergunta: Quem é que vai pagar essa conta?Quem será responsabilizado pela falência dos estabelecimentos, já esgotados,que não suportarão mais uma onda de fechamentos? Quem vai ajudar osremanescentes a recuperarem a saúde financeira de suas lojas, a recontratar oscolaboradores demitidos, a crescerem novamente?

O momento é, sim, grave em termos de saúdepública e todas as medidas capazes de ajudar a salvar vidas devem ser tomadaspor cada um de nós. Mas não é nem justo e nem coerente que toda carga deresponsabilidade recaia sobre o comércio/serviços, setores sabidamentereconhecidos pela geração de empregos no país (que enfrenta um dos piorescenários de desemprego de sua história) e movimentação econômica. Essa falta debom senso no regramento afetará de forma irreversível o segmento e é por issoque não podemos – e não iremos – nos calar diante dessa falta de lógica nocritério da aplicação das restrições. Caso contrário, em breve estaremosbuscando respostas para outro grave questionamento: quem acabou com ocomércio/prestação de serviços no Brasil? E a resposta não será ‘ocoronavírus’.

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