Presidente e diretora do CIC-BG compartilham cases inspiradores no painel da ADRH

Marijane Paese e Maria Regina Flores participaram do encontro, que trouxe também os empresários Carlos Lazzari e Marcos Fracalossi como convidados

Inspirar líderes e gestores por meio do compartilhamento de suas histórias de vidas – e de algumas das lições aprendidas ao longo do tempo – foi o compromisso que uniu os painelistas participantes do encontro “Empreender, Liderar & Transformar”, promovido pela Associação de Recursos Humanos de Bento Gonçalves (ADRH), na noite de 28 de abril. A programação ocorreu no Bento Gonçalves Centro Empresarial.

Na abertura dos trabalhos, a presidente do CIC-BG, Marijane Paese, relembrou o início de seu ingresso no mundo do empreendedorismo. “Tinha o desejo de ficar mais próxima da filha. Aproveitei a expertise comercial do marido e decidi empreender em um negócio próprio – que deu certo e foi me encorajando rumo à expansão. Começamos fazendo a importação de um único produto e, hoje, na Paese Distribuidora, temos todo tipo de artigos do ramo de ferramentas para usinagem. Fomos e somos bem sucedidos, entre outros motivos, porque estivemos atentos e aproveitamos as oportunidades, ‘viramos a chave’ do negócio na hora certa. Não esperei que me dissessem o que deveria ser feito”, contou.

Essa mesma forma de condução foi determinante para que a então vice-presidente do CIC-BG para assuntos do comércio, na gestão 2020-2021, fosse convidada para asusmir a presidênncia da entidade. “Na época da pandemia, percebi que havia uma lacuna muito grande na reunião de dados e interpretação dessas informações como forma de argumentar contra muitas restrições arbitrárias que estavam sendo impostas aos setores produtivos”, relembra. No auge da crise da Covid-19, colocou em prática sua formação acadêmica em Matemática, especialista em Estatística, junto ao Comitê Técnico Regional da Serra para assuntos relacionados à pandemia, e desempenhou papael fundamental para a microrregião. O convite para presidir o CIC-BG foi consequência. “Naquele momento, as empresas precisavam de uma ação por parte da entidade. E foi o que fizemos. Acredito que esse tenha sido um diferencial”, explicou.

TECNOLOGIA DE PONTA

O CIC-BG também esteve representado no encontro por Maria Regina Flores, diretora da entidade e, no encontro, representando a empresa LNF Latino Americana. No painel, ela relembrou seu ingresso na commpanhia, há 26 anos, quando trouxeram para o Brasil de forma pioneira as primeiras leveduras selecionadas para produção de álcool combustível. “Foi questão de oportunidade. Mas também de muito trabalho, estudo e dedicação para, então, reconhecê-las e aproveitá-las”, comentou.

Hoje 92% do álcool combustível que chega ao mercado no Brasil é produzido com leveduras da empresa bento gonçavense. A LNF mantém negócios, atualmente, com empresas do Oriente Médio e da Europa, fornecendo leveduras selecionadas, enzimas e derivados de lúpulo para os principais setores da indústria produtora de álcool combustível, cervejas, cachaças, sucos e vários outros produtos, inclusive na área da alimentação animal.

NO RAMO DA ALIMENTAÇÃO

Carlos Lazzari, da Pratomil Restaurantes Empresariais, resgatou sua trajetória profissional, que começou aos 13 anos, para evidenciar como os resultados que conquistou são fruto de muito esforço e trabalho. “Particularmente tenho a convicção de que não existe sorte, não existe dom, não existe legado, não existe vocação. Existe o fato de estar preparado, na hora certa, ou como se diz, estar pronto para montar quando o cavalo passa encilhado”.

De office-boy a empreendedor no comando da Pratomil, que hoje atua em seis estados brasileiros, ele destacou a importância de aproveitar as chances que a vida caprichosamente oferece. “É preciso acreditar no próprio potencial, que tudo é possível de ser feito, e nada é fácil. E ter a certeza que, quando chegar lá na feente, valerá a pena ter tentado”, disse.

PARADIGMA QUEBRADO

Marcos Fracalossi, da Real Assessoria Empresarial, encerrou o painel comentando sobre a quebra de paradigmas que marcou sua trajetória profissional e propôs uma reflexão. “É preciso entender que necessitamos das pessoas. Pensava que ser contador seria lidar só com números, fazer cálculos, mas não. O trabalho consiste em se relacionar com as pessoas, entendê-las e atende-las”, destacou. E complementou a tônica da noite, sobre a importância de aproveitar oportunidades. “Quando elas surgem, não promovem apenas o crescimento dos negócios, empresarial, mas incentivam o desenvolvimento pessoal e a valorização própria. Isso nos engrandece como seres humanos”, disse.

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