Alexandra Gava Guerra também trabalha ao lado da ONG Parceiros Voluntários para oferecer atendimentos gratuitos aos profissionais de saúde que atuam na linha de frente no combate ao coronavírus
Arrecadar alimentos, confeccionar máscaras, ir ao supermercado no lugar de idosos. Essas pequenas atitudes têm feito uma enorme diferença na vida de quem mais necessita em tempos de pandemia. A tristeza causada das consequências deixadas pela crise sanitária e econômica é amenizada pelos inúmeros casos de solidariedade protagonizados por cada pessoa que dedica parte de seu tempo em prol do próximo.
Quando o mundo precisa, os heróis anônimos estão prontos para entrar em ação – e eles se chamam voluntários. A crise instaurada pelo novo coronavírus fez aflorar sentimentos solidários dentro de muitas pessoas, refletindo a criação de uma verdadeira teia benemérita. Atuante no voluntariado há mais de cinco anos, a psicóloga Alexandra Gava Guerra considera o trabalho voluntário como uma forma de exercer a cidadania e ajudar a transformar realidades. “Por meio dele, é possível colocar à disposição o nosso conhecimento para beneficiar o outro e também aprender novas habilidades. Não precisa ter necessariamente um conhecimento técnico, já que, muitas vezes, oferecer um apoio, um colo, uma escuta é o suficiente”, aponta.
Alexandra, aos 49 anos, une sua bagagem de 27 anos na psicologia com a vontade de fazer o bem – atuando há mais de um ano como voluntária na ONG Parceiros Voluntários, mantida pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves. Durante o período de pandemia, ela está fazendo sua parte: atende, de forma gratuita, profissionais de saúde que atuam na linha de frente no combate à doença e precisam de apoio psicológico. “Acredito que, internamente, é uma forma muito pessoal de defender algo que você acredita, uma forma de doação, de fazer o bem a quem precisa de ajuda”, comenta.
Para ela, o voluntariado amplia horizontes e aproxima as pessoas de realidades e vivências distintas – com impactos positivos tanto na vida de quem realiza as atividades quanto na de quem recebe. “Quanto mais pessoas se engajam em prol de uma mesma causa, mais força o movimento ganha, há mais beneficiados, surgem novas ideias e o processo criativo se amplia. Todo movimento social traz mudanças que podem parecer pequenas inicialmente, mas que vão se fortalecendo”, complementa.
Dessa forma, na visão de Alexandra, quem voluntaria é mais feliz e ajuda a circular boa energia. “Esse ato nos coloca diante do enfrentamento de desafios internos, nos desacomoda, modifica nossos padrões, desenvolvendo ainda mais nossa sensibilidade e empatia. Por isso, sempre digo: ser rico não tem nada a ver com o dinheiro que você ganha, mas sim com a diferença que você faz na vida das pessoas”, sentencia.
Engajamento social está ao alcance de todos
A psicóloga atenta, também, para a importância de ter em mente que o voluntariado deve ser realizado com muita responsabilidade, respeito e ética. Por isso, são fundamentais entidades organizadas para direcionarem e nortearem quem deseja voluntariar, como a Parceiros Voluntários. Há mais de 20 anos, a ONG incentiva o envolvimento comunitário por meio de ações de conscientização. Os interessados em participar – sejam pessoas físicas, jurídicas ou voluntários jovens – podem contar com o suporte da Parceiros Voluntários em sua sede no município. Sob o comando da coordenadora Angélica Somenzi, a ONG fica no Bento Gonçalves Centro Empresarial e atende pelo telefone (54) 2105-1999 ou pelo e-mail parceiros@parceirosvoluntarios-bg.org.br.