Trabalhando há mais de 10 anos com regeneração íntima, a Dr.ª Marta Barbosa explica sobre a prática
A região íntima é, para a mulher, um dos grandes fatores atrelados à saúde como um todo, emocional e física. Quando pensamos em vulva e vagina, temos diversos fatores ligados à funcionalidade e à estética, que desempenham um papel muito importante na autoestima da mulher.
“É necessário que as mulheres conheçam melhor a sua própria anatomia, o seu próprio corpo. A vulva, região externa da área íntima, com clitóris, abertura da uretra, grandes e pequenos lábios e entrada para a vagina, pode ter um envelhecimento mais rápido, ocasionado pelo atrito das roupas, de absorventes, da depilação desde cedo com a pele, que ocasionam secura, aspereza, escurecimento, enrugamento, dentre outros efeitos. Fatores emocionais e tratamentos para doenças, como quimioterapias, radioterapias, antidepressivos, além da endometriose, também podem ter ligação direta com o envelhecimento da pele íntima, e até mesmo o parto pode ser um fator de fraqueza muscular na região genital, queixas que podem ser amenizadas e resolvidas com o laser e o ultrassom íntimos”, explica a doutora Marta Barbosa, ginecologista com especialização em sexologia.
Trabalhando há mais de 10 anos na área de rejuvenescimento íntimo, e sendo uma das pioneiras do uso de laser e ultrassom microfocado no Rio Grande do Sul, a médica explica que rejuvenescimento nada tem a ver com idade, e sim com função: “O sentido que queremos dar para a palavra ‘rejuvenescimento’, ante à conexão com idade e os estigmas que ela carrega, é que com as práticas do laser e do ultrassom, proporcionamos uma regeneração dos tecidos, ou seja, melhora das funções anatômicas e da estética íntima. Muito tempo levei para entender a importância desses assuntos para a autoestima da mulher, como é importante que na medicina, também tenhamos os olhos voltados para os desejos dela.”, reforça Marta.
Assim como a pele de todo o corpo precisa de cuidados, é necessário estar atenta à pele da região íntima, pois o ressecamento e o atrito podem causar danos severos, independentemente da idade. “Não existe uma idade padrão para os tratamentos com o laser íntimo, tudo depende da queixa da paciente. Eu diria que o incômodo mais comum é o ressecamento vaginal, que influencia diretamente no prazer sexual, na autoestima e na intimidade dentro dos relacionamentos amorosos, ocasionando uma disparidade entre a vontade do sexo e a expressão do corpo em relação à ele, o que pode ter efeitos que perpassam quatro paredes. Sexualidade começa no emocional, mas se as funções não estiverem de acordo anatomicamente, qualquer outro procedimento ou tratamento não será de todo efetivo”, comenta a médica.
Mas os benefícios do laser e do ultrassom íntimos vão muito além do sexo. Primeiramente, o laser proporciona uma regeneração dos tecidos, começando com uma limpeza das sujidades e uma reconstituição da flora microbiana que faz todos os processos automáticos da vagina, podendo ser um forte aliado no combate à candidíase de repetição, por exemplo, em determinados casos. É a partir dele, também, que a pele ganha mais tônus, ocasionando a melhora estética da vulva e do clitóris, tendo interferência direta no prazer e na lubrificação natural da vagina.
Após, o ultrassom microfocado tonifica a musculatura, trazendo mais elasticidade e firmeza para a vagina e a uretra, áreas que podem ser comprometidas com a idade e com a gestação, por exemplo. “Já atendi mais de 1000 casos. O laser e o ultrassom não são práticas novas, estão no mercado há muitos anos e representam um divisor de águas para a vida das mulheres, sendo procedimentos que, de maneira praticamente indolor e extremamente segura, com uma recuperação rápida (a mulher sai do consultório e já pode continuar sua rotina normalmente) trazem resultados reais e necessários, que podem transformar o dia a dia de uma pessoa, fazendo-a se sentir melhor consigo mesma, mais confiante, mais saudável, com mais qualidade de vida. A semana que os equipamentos chegam e agendamos as sessões são de pura alegria no consultório”, confirma Marta.
A ginecologista finaliza reforçando que cada caso precisa ser avaliado individualmente, mas que o importante é relembrar que os anseios e desejos das pacientes sempre são válidos, se estiverem prejudicando a sua saúde física ou mental. “Hoje, é necessário olhar para a queixa da paciente com os olhos dela, não pensando apenas no que funcionalmente está bom, mas nos seus anseios e desejos, na sua autoestima. Penso, inclusive, que com o passar dos anos, as pessoas em geral, mas especialmente as mulheres, perceberão que o fantástico da anatomia é que cada vulva é única, assim como elas”, encerra.
