Venda de material escolar deve crescer até 8%

Itens começam a ter maior procura a partir desta semana, seguindo com forte movimento até a primeira quinzena de fevereiro

A partir desta semana, a procura por material escolar começa a se intensificar nas livrarias e papelarias de todo o Estado, com o ápice do movimento se mantendo, ao menos, até o final da segunda quinzena de fevereiro. O período é reconhecido como a melhor época do ano para o setor, que está otimista e prevê um crescimento entre 6% e 8% nas vendas, descontada a inflação em relação ao ano anterior, como projeta a Federação Varejista do RS.

As lojas já estão preparadas para esse aumento de movimento. Embora itens cuja produção esteja atrelada ao dólar devam sofrer aumento no preço em função da alta do câmbio, os produtos de origem nacional receberão, como regra, apenas o repasse da inflação. Mesmo assim, livrarias como a Rossi, de Caxias do Sul, já têm estratégias articuladas para a lista não pesar tanto no bolso dos pais, que precisam equilibrar o orçamento nesta época do ano com as contas do IPVA e, logo, com as do IPTU, por exemplo. “Alguns produtos nós recebemos o repasse do fabricante, caso do caderno mais barato da loja. Mas nós vamos absorver esse custo para tentar manter como um produto atrativo para o cliente, de modo a atrair para a compra de outros produtos”, comenta o diretor administrativo da livraria, Marcos Rossi, também diretor de Processos Internos da CDL Caxias.

Com a experiência de quem está na gestão de uma livraria que completará 100 anos em 2026, Rossi também elenca outras ações que podem ajudar a obter melhores resultados. Uma delas é não focar apenas em melhor preço. “O preço é um dos atrativos quando você vai comprar, mas no comércio de rua tem a questão do bom atendimento também, e isso é um diferencial, como tentar oferecer ao cliente o maior número de itens da lista. Isso facilita para os pais, que podem encontrar tudo o que eles precisam num único lugar”, diz. Uma alternativa para isso é buscar antecipar a lista junto às escolas. “Antecipar essa percepção do que está sendo pedido para tentar oferecer o máximo de produtos disponíveis ajuda a família a sair com a lista completa da loja. Às vezes, não é só preço, tem o bom atendimento com a comodidade também”, observa.

Esses movimentos fazem ainda mais sentido quando observado o atual contexto da contemporaneidade. Ao acompanhar, ao longo do último século, as transformações sociais, a Rossi percebeu mudanças também na estrutura das famílias. “O número de filhos tem diminuído, então, é um mercado que, a cada ano, parece que diminui um pouquinho”, constata.

Mesmo diante disso, a volta às aulas segue animando o segmento. Até porque o varejo físico conta com diferenciais únicos. “A loja cria conexões com o consumidor, estabelece e concretiza vínculos que até podem ser abertos pelos canais digitais, mas é no contato direto e pessoal que o varejista fideliza o cliente”, reforça o presidente da Federação Varejista do RS, Ivonei Pioner

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