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CANCELA! por Melissa Poletto

O reality show BBB 21 não agrada a todos, mas gostos à parte,ele é umconvite de imersão a uma vida real.

Resolvi escrever o texto dessa semanadepois da grande polêmica que foi chamada de tortura psicológica em muitos canais de comunicação e porinternautas. Vou escrever aqui o meu ponto de vista.

Imagine você, neste exato momento, entrar em uma casa, quero dizer, aceitar o convite de morar com outras 19pessoas, muitas que você nunca viu, muito menos conviveu. BINGO!Aqui já é o primeiro olhar que convido você a fazer. Já viu o nível de dificuldade que isso iria exigir do seu lado emocional? Aquele lado que a maioria faz de conta que não existe e, em muitos casos, nem quer saber que existe. Pois é… justamente esse é o lado que vaiaflorar dentro dos m² da casa do BBB.

E diante do lado emocional aflorado, o que acontece? A pessoa revela suas dores. Revela suas feridas, seuspadrões, suas verdades. E aqui, saliento que muitosdos participantes já são pessoas famosas, isto é, que já possuem um (pré)conceito de seus seguidores e fãs.Entretanto, lá no BBB, o emocional aflora, trazendo à tona a AUTENTICIDADE que, às vezes, não vemos no conteúdo digital dapessoa. Esses seguidores e fãs ficam frustrados, pois passam a conhecer um lado que não viam. os que nemseguidores ou fãs são, sentem o chamado para tomar partido. Claroque não podemos generalizaresses grupos, porém a repercussão mostra que uma parcela daspessoas se sente no chamado de se posicionar. E isso ocorre também para outros temas que vão muito além de um BBB.

Fo o convite para olhar para você. Quem é você nessa história? Aquele que se frustra pelo seu ídolo ser humano e cometer erros? Ou aquele que, em vez de apaziguar,coloca lenha na fogueira, porque a sua verdade é maior que o todo? Ou, claro, você pode ser aquele que fica neutro,como se nadaestivesse acontecendo. Ou, ainda, você faz como eu, tenta olhar através do que está sendo falado emostrado pela mídia.

O meu ponto de vista é: as pessoas são reais e imperfeitas. Ofato de eu estar certa não obrigatoriamente torna o outro errado eviceversa. O que é bom para mim pode não ser bom para ooutro. O meu comportamento está diretamente relacionado às minhas feridas emocionais da infância, e muitas pessoas não conseguem controlar a criança interior que carrega essa dor.

Alguns olhares que eu tive sobre esses últimos acontecimentos do BBB 21:

Todos somos imperfeitos e carregamos dorese padrões familiares que se arrastam por gerações. Quem sou eu, Melissa, para tomar partido? Para julgar quem errou mais ou menos? Euapenas me pergunto que dor emocional esta pessoa carrega para deferir tantaspalavras de raiva a outro ser humaninho imperfeito, assim como eu.

Terceiro olhar que eu convido você a fazer. Olhe para o seu BBB da vida real.Os participantes que mais convivem com você, como pais, filhos, avós, marido, esposa eamigos. Tente exercitar, a partir de hoje, um olhar mais profundo sobre que aquilo que eles te mostram. O que aquela atitude, aquela aquela palavra estão querendo realmentete dizer? Olhe através dessa pessoa e enxergue as dores dela,as angústiase os pedidos de ajuda.

Escrevendo, percebi que, antes do terceiroolhar, se faz necessário um olhar interno, tipo uma endoscopia.Olhe para você. Perceba em quantas atitudes e conversas vem a presença da sua criança ferida. Tente interpretar o que você quer realmente eque apenas não está conseguindo terhumildade para pedir. Tente se recolher mais e sentir quem é você. O que é importante? Onde moram suas dores e por quê?

Esse exercício facilita o olhar amoroso para o outro,porque primeiro precisamos aprender a fazer isso com nós mesmos, para,depois, transbordar.

Convido você a transbordaramor por aí.

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