Acredito que o termo humanização nunca foi tão usado como neste momento histórico de pandemia. Lembrando que ele remete ao ato ou efeito de humanizar(-se), de tornar(-se) benévolo ou mais sociável.
Fala-se em humanização das marcas através de ações sociais, da comunicação, da diversidade e até mesmo do ato de servir. E, refletindo sobre o tema, sabemos que para haver o ato de humanizar em quaisquer ações que sejam, a única e exclusiva forma de fazê-lo será através de um ser humano.
E a proposta do texto de hoje é justamente esta. Se tivéssemos que estabelecer critérios para determinar como um ser humano é capaz de humanizar suas relações, quais seriam os critérios que iríamos estabelecer?
Eu, pretensiosamente, pensei em alguns. Logicamente vocês poderão concordar ou discordar do meu ponto de vista. De qualquer forma, irá servir para fazermos uma reflexão juntos.
Se a humanização é muito importante nos negócios e nas pessoas, o primeiro ponto seria a empatia; o segundo seria a escuta ativa; o terceiro, o ato de aprender e o quarto, mas não menos importante, seriam as emoções. Quer algo mais humano do que sentir as cinco emoções básicas à flor da pele? São elas: amor, alegria, tristeza, raiva e medo.
Digamos que esses quatro elementos são o que determinariam o nosso poder de humanizar nossas relações, sejam elas no âmbito profissional ou pessoal.
Vamos falar da empatia. A empatia é conseguir perceber o outro, não se colocar no lugar do outro, mas sim compreender que este outro também possui a sua realidade e age de acordo com a situação da sua realidade.
Sobre a escuta ativa, seria uma versão de escuta sem julgamentos e ativa para perceber a realidade, os desafios, as dificuldades e facilidades do outro. Através da escuta ativa, frequentemente promovemos a empatia e conseguimos criar uma sinergia nas relações interpessoais.
Sobre o aprendizado: ele desmascara o ego, pois é através dele que soltamos o fardo de ter certeza sobre determinado tema. Mesmo em sua área de atuação, sempre há o que aprender. A visão de ser um eterno aprendiz me coloca em forma igualitária perante os demais e isso facilita o ato de humanizar.
Sobre as emoções: medo, raiva, tristeza, alegria e amor. São exatamente elas que nos tornam humanos na essência. Basta observar uma criança, ela flutua entre essas cinco emoções em seu dia a dia, e todo adulto já foi uma criança. Portanto, carregamos as emoções conosco e, por motivos diversos na vida adulta, temos a tendência de mascará-las. Esse ato tira a nossa humanidade. Nós perdemos toda vez que não dizemos como estamos nos sentindo em determinada relação interpessoal. Deixamos de ser humanos conosco e com os outros quando não respeitamos nossas emoções básicas, e isso se torna tóxico para a nossa mente e para o nosso corpo. Tanto éverdade isso, que o Brasil é um dos países da América com mais casos de ansiedade e depressão.
Ser humano, para mim, é a junção desses quatro elementos. É se preocupar com o próximo, mas, primeiramente, amando a si mesmo e respeitando os seus valores.
Se quisermos trazer mais humanização para nossas relações profissionais e pessoais, temos, inevitavelmente, que aprendermos a sermos mais humanos.