As feiras que estão ocorrendo neste ano têm uma ênfase em sustentabilidade. O mundo todo está preocupado com o acúmulo de lixos e resíduos em especial dos materiais que tem tempo de decomposição de mais de 100 anos como por exemplo plásticos e vidros.
Ser sustentável inicia com um ótimo projeto de arquitetura e interiores quando são programadas as paginações de piso e paredes que reduzem as perdas de materiais. Outra tendência que volta são os azulejos e pisos de tamanhos menores, mas que não acentuam as juntas, o que também resulta em menos perdas em obra.
A metragem bem calculada nos projetos pode trazer perdas menores em todos os materiais. O vidro, por exemplo, tem tamanho padrão de 2,40X3,20m todos os múltiplos desta medida são excelentes para que não haja perdas de tiras. Os restos de vidros podem ser reciclados, mas necessitam de processos que demandam muita energia e processos morosos. Também, como exemplo são as chapas de MDF e MDP que possuem medida padrão de 1,83X 2,75 m. O ideal é que o mobiliário resultante do uso destas chapas, seja também otimizado. O descarte dos resíduos de MDF ou MDP passa por um processo de queima em fornos pois se ficar na natureza não se decompõe facilmente e como possui colas e alguns formol, polui o meio ambiente onde foi descartado de modo incorreto.
A reciclagem de materiais é uma das formas mais atuais de ser sustentável. Assim como projetar reformas de forma a aproveitar e demolir o que realmente necessita, o aproveitamento de móveis também é interessante. O profissional responsável pelo projeto precisa medir e fotografar os móveis e avaliar a necessidade de restauro. No projeto este mobiliário já precisa estar incluso de preferência com a funcionalidade que ele já possui, podendo ser reformado para um novo uso se for o caso.
Nas imagens que ilustramos, os móveis estavam presentes no local e combinam com o patrimônio histórico desta casa centenária. Um dos móveis vou adaptado para um passa pratos da cozinha para a sala de jantar. As belas cristaleiras somente foram limpas e passado um verniz fosco protetor mantendo a originalidade de forma e de cor. As cadeiras foram restauradas e foi recolocado o couro existente com tachinhas novas iguais as originais. A mesa foi lixada e após este processo tornou-se evidente a madeira nobre utilizada optando-se por aplicar um selador foco para a proteção, enquanto a estrutura de apoio do tampo ficou na cor original. Uma mesa redonda existente foi utilizada como aparador instalada em uma divisória que cria um hall de entrada e do outro lado como apoio da sala de jantar.
Bons projetos são sustentáveis e permitem manutenções mais fáceis, auxiliando o meio ambiente que precisa ser recuperado para todas as gerações.
