O isolamento social impactou significativamente os negócios de eventos não apenas em Bento Gonçalves, mas em todo o país. Diante deste cenário, empresários e diretores de feiras inovaram para manter seus projetos em andamento. A FIMMA Brasil – evento internacionalmente consolidado há 30 anos – é um exemplo de criatividade máxima. Em sua 15ª edição saiu do senso comum e buscou uma visão diferente para tomada de importantes decisões sobre o evento.
O Diretor de Inovação da FIMMA Brasil 2021, Giovanni Cechin Rodrigues, conta que durante o mês de março, o planejamento estratégico iniciou já muito consistente. “Utilizamos ferramentas como o Design Thinking, de onde surgiram muitas possibilidades de ações para tornarmos a FIMMA Brasil, ainda mais presente e relevante para o crescimento do setor moveleiro. A partir de agora, ela deixa de ser apenas uma feira que acontece a cada dois anos, e passa a ser atemporal, possibilitando, dessa forma, uma interação constante com os elos da cadeia madeira e móveis”, destaca.
Entre os lançamentos do evento, surgiu a FIMMA Inova – Escola de Inovação Aplicada, que consiste em um programa de transformação e foco em inovação, que trará discussões sobre as novas tendências de consumo e os desafios encontrados pelos moveleiros e seus fornecedores. “Os participantes estarão inseridos em um jogo de negócios, o Innovation Business Game (IBG) e terão acesso a diversas palestras com a temática de inovação, com nomes conceituados do cenário nacional; Outras novidades são o movimento de Conexões e Negócios, com as Arenas de Inovação, que trarão novos conceitos e aplicações para os mais diversos públicos da cadeia, bem como a FIMMA Summit, que será o maior evento de geração e compartilhamento de conteúdo do setor”, explica Rodrigues.
Mas quando o assunto é alimentar a criatividade em feiras, Rodrigues não tem dúvidas: sair da zona de conforto e do tradicional, é a visão de futuro e captação de mais públicos potenciais do ramo moveleiro. “São nesses momentos que surgem serviços e produtos verdadeiramente disruptivos, e estamos vivendo um momento destes, em que há uma enorme aceleração da transformação digital. Haja criatividade para acompanhar a intensa mudança no cenário mundial e em praticamente todos os setores da economia’, relata.
E ele ainda aponta que não há dúvidas sobre o processo criativo e de mudanças internas irem muito além de novas formas ou maneiras de comunicar. “Nós estamos trazendo para a prática das empresas essas novidades, especialmente se tratando do FIMMA Inova, que busca formar uma nova cultura nas empresas do setor, tanto fabricantes de móveis, quanto seus fornecedores. Levando em consideração o fato de termos definido esse formato de apresentação remodelada da FIMMA Brasil em um momento de tantas incertezas, agora com o aquecimento do setor moveleiro, temos a certeza de que estamos no caminho certo e já colhendo frutos dessa parceria que fortalecemos com o setor moveleiro. O feedback tem sido muito positivo”, explica Rodrigues.
A imersão criativa, em um processo de mudanças é importante. Segundo o diretor o desafio está em deixar de ser da forma como eram as feiras, no mercado atual. “Criamos uma hashtag para nossa campanha de comunicação que é #REFUTURESE, ou seja, queremos despertar nas empresas uma inquietação para que repensem o seu futuro, os seus caminhos, as suas possibilidades. E assim se fez, a FIMMA Brasil deixou de ser “apenas uma grande feira” e nessa reinvenção assumiu ainda mais o seu papel de criar conexões humanas, nas mais diferentes formas. Passou a ocupar o espaço digital de forma muito mais presente, promovendo trocas reais de conhecimento e experiências, a FIMMA passou a atuar em um período ilimitado, ou seja, de maneira atemporal para seus expositores e visitantes, mantendo os encontros presenciais (Feira) e ampliando o leque de atrativos no evento físico”.